Acredito que cada pessoa tem uma cruz a ser carregada. Tem gente que tem um filho que usa drogas, tem aquele com uma doença terminal, tem outro que lida com o desemprego ou com um emprego ruim. Enfim, cada pessoa tem o seu problema a ser administrado. E não cabe a mim julgar qual é mais fácil ou difícil, essa é uma resposta muito pessoal.
No meu caso, a minha cruz, o meu leão a ser derrotado diariamente é de uma doença que, graças a Deus, não irá me matar mas que deixa a minha vida muito mais difícil.
Tenho dentre os mais de 300 tipos de dor de cabeça que existem, o pior caso: cefaléia crônica diária, ou seja, dor todos os dias.
Quando recebi o diagnóstico, a médica disse que eu deveria ser forte porque o caminho não seria fácil mas que ela não iria desistir.
Isso é por conta do tamanho das dores que sinto. E dor é algo muito subjetivo, não é mensurável, não é palpável.
Quando recebi o diagnóstico, a médica disse que eu deveria ser forte porque o caminho não seria fácil mas que ela não iria desistir.
Isso é por conta do tamanho das dores que sinto. E dor é algo muito subjetivo, não é mensurável, não é palpável.
Como ela disse, realmente não foi e não está sendo fácil.
Basicamente essa doença é resultado de uma disfunção dos neurotransmissores e não tem cura. Existe apenas um controle da dor. Uma forma de deixar ela mais leve.
Basicamente essa doença é resultado de uma disfunção dos neurotransmissores e não tem cura. Existe apenas um controle da dor. Uma forma de deixar ela mais leve.
Fui diagnosticada há 13 anos e há aproximadamente 4 anos consegui uma qualidade de vida melhor graças a Deus e a uma combinação de tratamentos com diferentes médicos.
Tomo remédios preventivos e faço aplicação de botox. E mesmo assim ainda tomo remédio pra dor todos os dias.
Tomo remédios preventivos e faço aplicação de botox. E mesmo assim ainda tomo remédio pra dor todos os dias.
O pior de tudo é o desgaste emocional.
Sentir dor é algo muito solitário, por mais que as pessoas queiram ajudar não conseguem. É como estar preso dentro do próprio corpo.
É não poder fazer nada. Nada!
Sentir dor é algo muito solitário, por mais que as pessoas queiram ajudar não conseguem. É como estar preso dentro do próprio corpo.
É não poder fazer nada. Nada!
Essa dor é como se eu recebesse um limite pro meu organismo. Pra minha vida.
É como se eu dirigisse um carro com o freio de mão puxado.
Por mais que eu tente agir como se fosse normal, não é. Ela sempre está ali. E vez ou outra ela vem mais forte e me derruba.
Além claro, de todos os efeitos colaterais dos remédios que uso.
É como se eu dirigisse um carro com o freio de mão puxado.
Por mais que eu tente agir como se fosse normal, não é. Ela sempre está ali. E vez ou outra ela vem mais forte e me derruba.
Além claro, de todos os efeitos colaterais dos remédios que uso.
Costumo dizer que no meu mundo de pessoa extremamente responsável e comprometida com trabalho, estudo, casa etc. Essa dor é a única coisa que me faz parar.
É como se ela falasse, querida aqui você não tem controle. Quem manda sou.
E a única coisa que posso fazer é me entupir de remédio e esperar ela decidir melhorar.
É como se ela falasse, querida aqui você não tem controle. Quem manda sou.
E a única coisa que posso fazer é me entupir de remédio e esperar ela decidir melhorar.
Ironia do destino, a pessoa mais controladora do mundo sendo controlado por algo invisível e imensurável.
Enfim, este texto é apenas pra expressar um pouco do meu sofrimento diário e da cruz que carrego...cruz essa que na maioria das vezes é invisível pra pessoas mas extremamente real pra mim e pra quem divide os dias comigo.
Força e fé....é o que preciso e precisamos.
Um abraço,
Marcella Vecchi
Marcella Vecchi
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