terça-feira, 19 de novembro de 2019

Dia da Consciência Negra



O dia da consciência negra está longe de ter a dimensão de consciência que realmente precisa! 



O racismo no Brasil é institucional, está enraizado nas pessoas.
As pessoas precisam entender que os negros tem 500 anos de história de prejuízo e que 100 de liberdade é muito pouco contra centenas de escravidão, humilhação.

Durante 500 anos os Africanos foram tirados de seu país, de suas origens, de suas crenças e cultura e enviados para o outro lado do mundo como mercadorias, sem valor algum, vistos e tratados como objetos. O Brasil foi o último País a abolir a escravatura e não porque a Princesa Isabel  era legal e boazinha, mas sim por questões políticas e pressão absurda dos europeus, ela não teve outra escolha. 

Quando a lei Áurea foi assinada, essas pessoas que viveram 500 anos como escravos, foram largados para se virarem. Eu tentei achar outra palavra mas "largados" é a que melhor explica o que de fato aconteceu. Não houve uma ajuda do governo estabelecido, não houve um subsídio, mesmo que mínimo. Eles não conseguiam emprego porque os empregadores só queriam mão de obra europeia. Não havia lugar para morar. A maior prova disso é que a grande maioria nas comunidades é negra, pois esse foi o lugar onde eles se instalaram. 

Entre estudar e trabalhar para ajudar na renda da família para ter o comer na mesa, é óbvio que a segunda opção sempre foi a escolhida. Consequentemente eles estão em total desvantagem para concorrer com um branco e ter as mesmas oportunidades. Por isso ocupam posições inferiores, em sua maioria. Entendem o motivo dessa desvantagem, foi a forma que encontraram para sobreviver em um país que faz distinção pela cor da sua pele.

As estatísticas mostram isso: 

Negros recebem 37% a menos que brancos 
- 60% dos desempregados são negros 
- Negros ocupam apenas 18% dos cargos de liderança
- 60% da população prisional é negra ou parda


Sou 100% a favor das cotas nas universidades e o motivo disso é apenas para dar aos negros, esses dessa história toda que falei aí em cima, a mesma oportunidade que um branco que NÃO tem 500 anos de prejuízo na história, estudar e quebrar esse ciclo. Mas acima de tudo isso, arrancar de dentro de nós mesmo, todo e qualquer preconceito idiota que possa existir por conta da tão irrelevante diferença cor de pele.

"Oded Grajew, presidente do conselho deliberativo da organização, diz que o preconceito social no País passa também pelo racismo. “Só não concorda quem não acompanha o dia a dia da vida brasileira. Um negro que dirige um carro médio, por exemplo, é parado diversas vezes pela polícia, ou quando vai a um restaurante, avisam a ele que a entrada de serviço é do outro lado. Para curar qualquer doença, é preciso reconhecer a doença”, afirma."

Um abraço,

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Sobre a morte


Hoje o dia começou normal e no caminho para o trabalho a Chiaro me liga. Ela é uma daquelas amigas que a gente sabe que vai ter pra vida inteira, então atendi muito feliz, inclusive tinha acordado com uma saudade dela e da Karina e ia mandar msg no nosso grupinho falando isso. Mas não deu tempo, ela estava chorando e dizendo que o irmão da Karina havia morrido. Não conegui acreditar de cara, liguei pra Karina na mesma hora e infelizmente descobri que era verdade. Ela estava chorando muito me fazendo entrar em desespero e começar a chorar também. 
Se tem uma coisa que eu sinto muito orgulho e satisfação é dos amigos que tenho. Amigos que apesar de qualquer distância, sempre estarão lá para mim e eu para eles. Amizade é algo que dou muito valor tanto para as velhas qto para as novas que estão nascendo. E Deus sempre colocou e coloca pessoas especiais no meu caminho. 
Não pensei meia vez, liguei para o Maron, outro desse amigos especiais e fomos ao velório e enterro do Leandro. Eu sinto que se eu nao tivesse feito isso a amizade não teria sentido, eu e os amigos precisavam estar lá, dando o suporte necessário nesse momento onde não existem palavras, apenas um abraço que traduz o "estou aqui com vc". 
O dia de hoje foi sem dúvida alguma, um dos mais tristes da minha vida. E é por isso que estou colocando tudo isso aqui, em forma de desabafo. Ver pessoas que eu amo sofrendo, ouvir o choro de desespero da mãe do Lê, as coisas que ela falava pra ele, ver a Ka daquele jeito, foi absurdamente dolorido. Estou destruída. Não há uma explicação lógica para isso que aconteceu e mesmo que a achemos, não irá diminuir a dor. 
Nunca estaremos preparados para a morte!

Conversando com a Michele, ela disse que Deus pode dar forças e consolo e é isso que farei, pedir a Deus muita força para eles. 

Ka estamos pra aqui pra vc, infelizmente não posso tirar sua dor mas posso te ajudar, mesmo que minimamente, a enfrentá-la
Amamos vcs!

terça-feira, 24 de setembro de 2019

O ônibus da minha infância!

Quem escreveu este texto foi minha mãe maravilhosa (a verdadeira escritora rs). Com ele ela ganhou, em primeiro lugar, o prêmio de melhor crônica da Academia Brasileira de Letras do Estado de São Paulo. Ela arrasa e me deixou postá-lo aqui. Espero que curtam, é emocionante:

Por: Aparecida Maria dos Santos Vecchi

Na minha infância e até quase à adolescência já, o horário de verão era um forte aliado para as nossas brincadeiras, criações e nossos faz-de-conta, porque ele esticava o dia e encurtava a noite, tempo para dormir.
Éramos dez filhos, sete meninas e três meninos. É claro que os meninos não participavam desses delírios, pois já eram adultos e trabalhavam para ajudar no orçamento da casa. As duas mais velhas também, na época da “panha” de algodão, iam e ficavam no sítio dos meus tios até acabar a colheita e fora disso trabalhavam, prestando serviços domésticos às conhecidas da mamãe, para poderem comprar suas coisinhas.



Restava nós cinco para criar as mais deliciosas brincadeiras e aventuras por este mundo afora. Eu digo, por este mundo, porque tínhamos um ônibus. Azul claro. Velho.  Sem rodas e sem os vidros das janelas;  alguns assentos quebrados, outros quase inteiros, só rasgados e com os enchimentos saltando pelos buracos dos estofamentos; as ferragens cheias de ferrugem. Aquele bagageiro sobreposto onde os passageiros subiam por uma escada na traseira, para ali, colocarem suas bagagens. Ele era muito antigo, com um focinho comprido. Um ônibus de verdade. O ônibus que transportava nossa alegria. O assento do motorista estava lá, no lugar dele, imponente e a sua frente, a direção. Sucata que ficava no quintal do vizinho, proprietário de uma empresa de transportes de pessoas em Pereira Barreto, o Sr. João Galhardo.  Morríamos de vontade de entrar num daqueles outros de verdade que ainda funcionava e neles viajar com toda a família.  No “nosso”, eu digo nosso, porque nos sentíamos proprietárias dele enquanto o seu dono não estava por lá, nós viajávamos muito, atravessávamos o horizonte e o arco íris.  Ora ele se transformava em navio e cruzávamos mares e oceanos, ora em avião e nos levava a voar pelos céus, livres pela imensidão azul, cortando nuvens e chegávamos perto do sol de dia e da lua à noite. Viagens imaginárias, ricas, lindas e inesquecíveis.

Como era bom. Saíamos em viagem muito cedo, na nossa imaginação, porque na realidade, elas aconteciam no período da tarde, depois de ajudarmos nos afazeres da casa com a mamãe ... Imaginem minha mãe com doze pessoas na casa, para lavar as roupas, passar, cuidar de tudo e ainda lavar roupas para duas casas de família, era lavadeira. 
Éramos solidárias a ela, mesmo a contragosto e com muita pressa.
Eu gostava mesmo era de dirigir ou de ser a cobradora. A viagem sempre era muito longa, mesmo porque não conhecíamos nenhum lugar, a não ser a nossa linda Pereira Barreto, a Palestina e o Guarda  Mor,no interior de São Paulo. Esta última onde moramos até os seis anos de idade antes de irmos para a atual. Em Palestina fomos  uma vez, na boléia do caminhão que ia às compras uma vez por mês.. Uma viagem incrível.

Com o nosso ônibus, passávamos sobre lindas matas verdes, por pontes e rios caudalosos, um deles é o Rio Tietê, onde as águas são límpidas e ainda abastecia a cidade naquele tempo, e sentíamos o vento bater na nossa cara e desmanchar os nosso cabelos  encaracolados e bem cuidados pela mamãe, às vezes com duas tranças. Mas eu tinha muito medo de cair quando sobrevoávamos o rio...
Nunca chovia nesses dias. Os dias eram sempre lindos e ensolarados. Não tínhamos sequer o dever de abastecer o tanque de combustível.  O que tinha era suficiente para sonharmos. E íamos e vínhamos com muita frequência a muitos lugares dos quais só  ouvíamos falar no rádio, porque televisão não havia naquele tempo lá. Mas todos eles eram lindos.

Como éramos felizes!

Só retornávamos quando o sol estava se pondo e ouvíamos o chamado de mamãe para tomarmos banho, jantar e lavar a louça. Éramos incansáveis. Ainda nesse restinho de dia, já embocando na noite, inventávamos outras brincadeiras, como lenço atrás, passar anel, esconde- esconde... só não podia sujar as roupas e os pés. Tínhamos de estar limpos na hora de dormir para não sujar os lençóis branquinhos que eram quarados e fervidos até brilharem ao sol.
À noite, já deitadas, planejávamos a viagem do dia seguinte, sonhávamos acordadas e de cansaço dormíamos. Não tinha malas. Nenhum preparativo. Mas certamente iríamos desbravar estradas jamais trilhadas por nós, caminhos jamais percorridos na manhã seguinte. Ora de ônibus, ora de navio, ora de avião, porque o nosso ônibus era mutante e sempre voltávamos felizes com o seu desempenho e com a sensação de termos ido longe, muito longe. E a gente não se cansava de sonhar... sonhar.    A gente acreditava ter conhecido o mundo inteiro.

Um dia, meu pai construiu uma casa meio longe dalí  e nos mudamos para ela,  perdendo então o privilégio de ser vizinhos e, portanto o acesso ao quintal do seu João Galhardo. Mas ele ficou lá à espera dos novos vizinhos para fazer-lhe companhia nas horas de solidão. Que saudade de você, “nosso” ônibus companheiro das tardes quentes e alegres de Pereira Barreto.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Sexo - Proíbido para menores




O título dessa postagem é de pura sacanagem, é justamente pra mostrar o quão Tabu esse tema é.
(você veio ler achando que era um texto picante né, me perdoe...não será vez...kkk)

Mas vamos lá, sexo é a coisa mais natural e espontânea desse mundo, você e eu só existimos pq ele aconteceu, o mundo só existe pq desde sempre as pessoas fazem isso.
E sabe o que é mais engraçado, ele é completamente intuitivo. Não existe uma aula pra vc aprender. Claro que existem dúvidas, aprimoramentos (se é que podemos dizer assim) mas é algo natural em nós, já nascemos sabendo, sentindo, desejando.

O grande objetivo dessa postagem é expor pq esse assunto é um assunto tão difícil de ser falado. Porque as pessoas sentem tanta vergonha, a começar pelos pais. Eu conheço pouquíssimos pais que falam abertamente com seus filhos, casais não falam abertamente sobre isso entre si (o que eu considero absurdo!). É só surgir esse tema que já começam as risadinhas e comentários ajudando apenas a deixar o assunto mais "vergonhoso" do que já é.

Quando eu tinha 7 anos, lembro de estar assistindo jornal e foi falado sobre um caso de estupro, virei pra minha mãe e perguntei: - mãe o que é estupro? Ela pensou por alguns segundos e respondeu: é enfiar uma coisa aqui (apontou para a vagina), falou isso e saiu da sala demonstrando que não era pra fazer mais perguntas.
Vocês não tem idéia do que passou pela minha cabeça. Como assim enfiar uma coisa aliiii? Eu pensei em tantas coisas....e o homem? será que ele pode ser estuprado também? Será que enfiam alguma coisa no “pipi” dele?? Credoooooo!!
Bem, depois de algum tempo eu descobri o que de fato era o um estupro. Continua sendo horrível, mas acho que minha mente na época foi um pouco mais longe.

Não posso julgar minha mãe pela resposta. Tenho certeza que ela foi pega de surpresa e foi a forma mais fácil que achou de responder a uma criança de 6 anos.
E assim acontece muitas vezes, os pais não se prepararm para o assunto, evitam perguntas e quanto menos se fala mais curiosidade se gera.

Entre casais é o cúmulo maass acontece. As pessoas tem vergonha de falar o que gostam ou como gostam, de conversar sobre o assunto abertamente, de expor seus medos, desejos, curiosidades.
Uma amiga me falou uma vez que tinha vergonha que seu marido passasse pomada íntima nela. Eu falei: What??? Pois é galera, pra você verem o nível.

De verdade, não sei porque esse assunto é tão Tabu.
O lugar onde as pessoas se sentem mais a vontade pra falar é em uma roda de amigos ou em grupos de amigos do whatsapp.
Quando essas conversas acontecem percebemos que muita coisa do que achamos é paradigma. Descobrimos que o que achávamos ser anormal é completamente normal e comum.
Descobrimos que os medos são normais, as dúvidas são as mesmas, as pessoas tem seus desejos, tem gente que gosta de uma coisa, gente que gosta de outra, tem quem sente dor, quem não sente, quem gosta muito, quem gosta pouco e por aí vai. Tudo é natural, normal e comum!! 

Eu percebo que existe até um julgamento em cima de quem fala sobre isso, quem fala abertamente sem receios é tachado de "safada ou safado". Claro que isso é pior para mulheres. 

Não quero dizer que temos que falar só disso, mas sim, que esse deve ser um assunto normal, como qualquer outro.
Ainda não tenho filhos, mas pretendo ter uma comunicação totalmente aberta com eles. Criança não tem maldade, quem tem é adulto. É bom que eles saibam tudo antes da maldade chegar.
É importante a criança ter com quem tirar dúvidas, ter liberdade pra perguntar sem medo.

Sexo e prazer são tão parte do nosso corpo como respirar, se alimentar ou ir ao banheiro. Faz parte do nosso organismo. Fomos criados com isso e parar fazer isso. 
Vamos ter a mente aberta sobre o assunto e claro, nunca deixar de respeitar os outros.

Permitam-se mais e libertem-se de alguns paradigmas criados que não fazem sentido e não agregam! 

Um abraço, 
Marcella Vecchi 



quinta-feira, 11 de julho de 2019

Sobre os Países que estive





Vou contar um pouco sobre os Países que já visitei.
Não costumo falar muito sobre os lugares que tive a oportunidade de conhecer, nem mesmo com quem convive comigo. Não sei porque sou assim, então resolvi fazer isso aqui.
O mais engraçado é que eu não sou a maior fã de viagens neste mundo e por ironia já viajei muuito, mas muito mesmo.

Vamos lá: 

1. França: Já fui pra lá umas 6 vezes mais ou menos. É um país lindo, seguro, organizado. Em alguns lugares tem lixo na rua, mas bem pouco. Tem a melhor gastronomia do mundo. Amo de paixão a comida francesa. De todas as vezes, fui apenas 1 para Paris e foi um dos poucos lugares que eu fiquei emocionada em estar. Aquela torre é extremamente linda a noite. Muito romântica. Essa viagem foi presente de aniversário para minha esposa, se tornou inesquecível. 
Espero voltar para França mais e mais vezes, é um dos meus lugares preferidos.  

2. Alemanha: Fui mais de 8 vezes, em várias cidades e todas possuem o mesmo estilo. Parece Campos do Jordão. Cidade extremamente organizada e limpa. Frio, muito frio!! Nunca vi lixo nas ruas por lá. Mas eu particularmente acho um país triste, tenho a impressão de que existe uma nuvem cinza com resquícios de todo o sofrimento causado pela guerra. É como se o passado tivesse apagado o brilho do lugar e nunca mais voltou. Apesar disso é muito segura e prática. Mas morro de raiva de carregar a mala pesada nas estações de trem que não têm uma mísera escada rolante para facilitar a vida dos sedentários. 

3. Itália: Lugar mais maravilhoso do mundo. Fui apenas uma vez, conheci Roma, Veneza e Bari. Quando coloquei meus pés naquele país quase chorei de emoção. Era um sonho de adolescente ir pra lá. Não tem muito o que falar, tudo é lindo por lá, romântico, comida gostosa. Enfim, quero voltar também. 

4. Grécia: Linda, colorida, iluminada. Traz uma sensação de paz e tranquilidade. Super recomendo.

5. Croácia: Achei muito mais bonito do que imaginava. O mar, as ruas, as casas. Entrou na lista dos mais bonitos q já estive.

6. Turquia: Fiquei chocada!! Fui para Istambul, existe um mundo moderno e ao mesmo tempo muito conservador com sua cultura. Os templos, os horários de orações, as famosas Mesquitas. Eles seguem a risca suas religiões. E o kebab é uma delícia. A princípio é preocupante pq a higiene é zero rsrs, mas deve ser isso que traz o gosto bom. 

7. EUA: Estive no Texas e em Chicago. Não tem muito o que falar, é moderno, tecnológico, tem de tudo que você imaginar. Só tem besteiras pra comer e eu amo isso e claro, ótimo para fazer compras e voltar falido. Passei muito frio e calor lá. Não fui para Nova York, ainda é um sonho que está nos planos futuros.

8. México: Feio! Estive em Querétaro e Guadalajara Parece que existe uma eterna nuvem de poeira que cobre os lugares. Eles tem uma cultura muito forte e valorizam isso. Já fui 2 vezes mas não me encantou. A comida é boa mas muito forte e apimentada. Como não gosto de tequila, não gostei da original.

9. Argentina: Uma São Paulo não tão bonita. Não voltaria, não tem nada de muito especial. Mas comida é muito boa. A carne é deliciosa. O show de tango é lindo, ele e o vinho valem a pena.

10. Uruguai: Lindo, o lugar que fui parecia uma Copacabana, eu curti bastante.

11. China: Estive em Shanghai, uma das maiores cidades da China. Eu lembro de ter falado várias vezes que jamais iria para a China, mas o dever me obrigou. Eles têm lugares lindíssimos. Construções modernas, tecnológicas. Mas a cidade é extremamente lotada e não é nem um pouco limpa. A cultura é muito forte e eles são muito disciplinados. Fiquei 5 dias e no terceiro só pedia pizza e hambúrguer. Não é possível comer aquela comida por muito tempo. Espero não voltar. Não tenho estrutura para aguentar 24h de voo novamente.

12. África do Sul: Estive na Cidade do Cabo, sede da Copa do mundo. Lugar lindo com várias atrações turísticas e ótimo para fazer compras. A comida é muito gostosa e o clima bom também. Porém é um pouco perigoso. Foi o único lugar que fui assaltada. Roubaram meu passaporte e deu um bom trabalho pra tirar outro, sem contar o custo que foi altíssimo.

13. República Tcheca: Estive em Praga, conheci o famoso relógio e o rio onde foi gravado um dos filmes do 007. Vale a pena. Tem uma construção rústica e agradável. Lugar bonito e comida deliciosa.

14. Espanha: Lembra São Paulo. Estivem em Madri e Barcelona. Madri é mais moderna, mas ambas são bonitas. O maior problema é a comida, passei fome nas duas vezes que fui. É necessário se programar bem quanto aos lugares para comer.

15. Brasil: Ahh o Brasil, é sem dúvida o melhor, não troco por nenhum outro que já estive. Melhor clima, comida e o mais importante: as pessoas! Perto das pessoas que amo. 💗 

Tenho uma lembrancinha que cada lugar que fui no escritório em casa.
É meu cantinho fofo.


Abraços,
Marcella Vecchi


terça-feira, 25 de junho de 2019

A humanidade é desumana



Em tempos difíceis que estamos vivendo, tantas coisas ruins acontecendo, quando achei que tínhamos evoluído, percebo que essa evolução nunca aconteceu. A diferença é que agora as coisas são mais expostas, mais vistas. Tudo isso tem me feito refletir muito sobre a vida, sobre as pessoas e suas atitudes.

Cada dia mais tenho chegado a algumas conclusões sobre o ser humano. Sei que temos nosso lado egoísta, egocêntrico mas tem alguns que passam dos limites. Que não fazem nada além de seguirem seus próprios interesses. São pessoas sem amor, sem empatia....essas pessoas cada vez mais me fazem achar que a humanidade beira a desumanidade. 

Li uma frase assim: Dá pra viver mesmo descobrindo que o mundo é um lugar mau. É só não deixar que a maldade do mundo lhe pareça normal.
E eu pergunto: será? É só olhar ao redor, só há tristeza, assassinatos, espancamentos, preconceito, racismo, homofobia, brigas políticas, religiosas e falta de respeito por todos os lados.

Dizem que existem 3 coisas regem o mundo: poder, dinheiro e sexo! E o ser humano é capaz de fazer qualquer, QUALQUER coisa para obter uma delas ou, se possível, todas.

Vamos tentar entender um pouco disso olhando ao nosso redor e a história da humanidade.
Desde que o mundo é mundo existem guerras, escravidão, assassinatos, roubos e tudo isso por quê? Porque alguém quer se beneficiar mais do que o outro.
Ah Marcella você é muito exagerada! O mundo está cheio de pessoas boas. Sim, claro que está, mas está cheio de pessoas ruins também. 

Não consigo entender pessoas capazes de machucarem outras. 
Como viver com pessoas que descriminam e excluem outras apenas por terem a cor da pele diferente?
Como lidar com adultos que machucam crianças, completamente indefesas, para o próprio prazer?
Como viver com homens que fazem mulheres sentirem dor por segundos de prazer e uma auto afirmação de poder?
O que definir de cientistas mega inteligentes que criam bombas para destruição da própria raça?
Como entender alguém que machuca um idoso ou animal?
Nós destruímos a natureza, o meio ambiente que nos permite viver e respirar;
Poluímos rios; Desperdiçamos tudo; Mantemos animais em cativeiros impossíveis de viver para transformá-los na nossa alimentação;
Homens traficam crianças e mulheres, acabam com suas vidas em troca de dinheiro.
Prendem, matam, torturam, roubam pra quê? Nada além de benefício próprio.

Gostaria de escrever um texto diferente, um pouco mais otimista e falando de coisas boas, mas infelizmente não é possível. Gostaria que esse tipo de assunto nem existisse ou precisasse ser abordado.
O Ser humano é uma raça que destrói a si mesma desde sempre e está longe de mudar essa realidade. 

Vou fechar esse texto com a música do Legião que pode nos ajudar a fazer a diferença: 

Quando o sol bater
Na janela do teu quarto
Lembra e vê
Que o caminho é um só
Por que esperar
Se podemos começar
Tudo de novo
Agora mesmo
A humanidade é desumana
Mas ainda temos chance
O sol nasce pra todos
Só não sabe quem não quer
Até bem pouco tempo atrás
Poderíamos mudar o mundo
Quem roubou nossa coragem?
Tudo é dor
E toda dor vem do desejo
De não sentirmos dor
Quando o sol bater
Na janela do teu quarto
Lembra e vê
Que o caminho é um só

Compositores: Eduardo Dutra Villa Lobos / Marcelo Augusto Bonfa / Renato Manfredini Junior


Um abraço,

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Homossexualidade e Bissexualidade - Parte 2


Conforme prometido segue a segunda parte do último texto.

Neste, vamos olhar o outro lado da história, vamos tentar entender como a família, os pais, mães, irmãos e a sociedade enxergam e lidam com o assunto.

Há algum tempo atrás eu com certeza iria "meter a boca", criticar tudo e todos, dizer que ter preconceito é um absurdo e blá blá blá. Empatia 0 da minha parte. Hoje sou mais madura nesse assunto maaas as vezes tenho algumas recaídas. 
Outro dia a pessoa incrível com quem eu  divido a vida falou assim: se queremos respeito, temos que dar respeito. 
Fiquei sem argumento, logo eu a rainha da argumentação. Ela tem razão!


Bom vamos lá, eu estava enrolando um pouco pra escrever esse texto mas vivi uma situação esses dias que me chamou muito a atenção. Enfrentei um certo pré conceito e ao invés de condenar a pessoa tentei entender o porquê dela pensar dessa forma.
Esse é o ponto, todo pensamento formado contém um histórico, isso não quer dizer que está certo, mas o explica.

Para os pais que tem filhos homo ou bi não deve ser fácil, não é normalmente o que eles sonham. Eles sonham com um casamento, vestido de noiva ou roupa de noivo, netos enfim, uma família tradicional. E claro, foi isso o que eles aprenderam e porque pensariam diferente não é? 
Além disso, existe a preocupação com o que os outros vão pensar, a igreja, os tios, o próprio Deus pra quem é religioso. E não tem como culpa-los, eu mesmo se eu tiver um filho hétero também não vou aceitar. (Hahaha não resisti). 
Para os pais existe toda uma questão de culpa, eles se perguntam onde erraram e se é possível corrigir esse erro. Afinal eles foram criados a achar que isso é errado, como se o filho ou filha fossem "aberrações". É muito difícil lidar com o diferente, com o que foge dos padrões. Ouvir comentários e até insultos. Não estamos preparados pra isso.


Não é diferente a questão da sociedade. Em algum momento da existência humana foi criado um padrão: homem casa com mulher, tem 2 filhos, mora em uma casa linda, acordam felizes aos sábados, usam roupas brancas e tomam café da manhã com frutas e cereais. Não espera, esse é o comercial da Doriana. 
Mas a realidade de padrão que a sociedade exige não é muito diferente disso. Foi definido que esse é o certo e esse é o padrão de felicidade.
Não há como condenar alguém que ouviu a vida inteira isso, achar que qualquer coisa diferente seja certa.

Da mesma forma os cristãos, eles leem na Bíblia, ouvem nos cultos e missas que é errado e ouvem  de todas consequências desse erro. De fato, eles condenam isso. Eu mesma já condenei por muito tempo. 
Acredito eles estão apenas querendo afastar o "pecado" e buscar uma cura para a pessoa viver feliz dentro do que acreditam ser a felicidade.

Toda a situação é muito delicada e complexa. Mas é importante entender  que as pessoas tem motivos para ser como são.

Mas isso não justifica o ódio, a violência, a descriminação e a falta de respeito.
Estamos bem longe disso, mas independente do que cada um acredita o mais importante é o respeito mútuo.

Neste caso, quem é homo ou bi precisa ter paciência e respeito, principalmente pelos familiares. Muitos levam um tempo para assimilar tudo e "aceitar" a situação. Obviamente que não deixando sua felicidade de lado, isso vem em primeiro lugar. Mas temos que usar muito a empatia e entender que esse assunto ainda é algo difícil e eles precisam aprender a lidar com isso. Ninguém é culpado por nada.

Um dia as pessoas estarão mais evoluídas para  lidarem com essas diferenças. Enquanto isso não acontece, vamos fazendo nossa parte da melhor forma que conseguirmos.

Ps. Não sei se consegui expressar exatamente o que eu gostaria com este texto, mas acho que foi um começo. Esse assunto é difícil pra mim também. Espero que tenham gostado.

Um abraço,
Marcella Vecchi

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Homossexualidade e Bissexualidade - Parte 1


Minha ideia inicial, era escrever o ponto de vista de quem é homossexual ou bissexual, ponto de vista da sociedade e da família. Mas o texto ficou muito grande e por isso vou dividi-lo. 
Esse primeiro será apenas de quem é e depois posto o outro. Eu tentei ser imparcial, mas falhei nessa tentativa e coloquei minhas opiniões ao longo do texto. Espero que gostem e comentem.

Para começar a escrever, elaborei algumas perguntas e pedi para alguns amigos e conhecidos de redes sociais responderem. Todos eles são homossexuais ou bissexuais.
A aceitação das pessoas em responderem as questões foi de imediato e fiquei muito feliz com isso. Eu senti que o assunto deveria ser mais falado, princialmente por quem o vive na pele.

Essas foram as perguntas que fiz:
Quando você se descobriu e como foi a sua própria aceitação?
Como foi e como é a aceitação da sua família? 
E amigos antigos e novos?
Você tem alguma religião? Isso te atrapalhou ou atrapalha?
Você é uma pessoa assumida ou não?
O preconceito te afeta de alguma forma? Como você lida com isso?
Como gostaria que a questão de homossexualidade/bissexualidade fosse tratada?

Existem muitas outras que poderiam ter sido feitas, mas essas são um bom começo.

Vou colocar aqui, para cada pergunta, um apanhado geral das respostas. Pensei em fazer de outra forma, mas acho que assim ficaria mais real.


A descoberta e a própria aceitação: A maioria relatou que percebia desde pequeno que algumas coisas chamavam mais atenção do que outras, diferente da maioria dos seus coleguinhas, mas não entendiam muito bem o que era. Ao invés de sentirem atração pelo sexto oposto, tinha sempre aquele do mesmo sexo que chamava mais atenção e encantava. (essa é uma característica de homossexual, para os bissexuais não era tão claro assim).

A situação se complicou quando conheceram alguém do mesmo sexo e se apaixonaram. A luta interna foi unânime. Todos tentaram de alguma forma fugir e se livrar desse sentimento. A não aceitação é a primeira coisa que vem. Dentre eles, alguns casaram, namoraram e se relacionaram com pessoas do sexo oposto em uma tentativa frustante de fugir do sentimento. Totalmente em vão e depois de algum custo ou em alguns casos, um preço alto de sofrimento, cederam ao inevitável.
Algumas mulheres relataram que choravam após ter relações sexuais com seus companheiros, outras se sentiam estupradas. Homens sentiam nojo de serem obrigados a fazer algo que realmente não queriam. 
Por incrível que pareça, a própria aceitação é uma parte muito difícil desse processo e acredito ser a mais importante. Pois quando a pessoa se aceita do jeito que é, fica mais fácil lidar com a aceitação externa.
Existem ainda por aí, muitas pessoas que não se aceitaram e ainda lutam contra esse sentimento.  

Aceitação da família: É a parte MAIS difícil de todo esse turbilhão de emoções. 100% sofreu e ainda sofre com a aceitação da família. Para a família é um choque. Não é de fato o que os pais desejam para seus filhos. Todos relataram discussões durante o momento do "anuncio" ou no mínimo uma conversa bem tensa e com choro.

Frases que as mães falaram: Preferia que você estivesse grávida; Prefiro filho drogado a filho gay; Não sei se vou suportar tudo isso, prefiro morrer.
E normalmente após essa revelação é criada uma distância entre pais e filhos, que aos poucos vai diminuindo mas requer bastante paciência e maturidade para lidar.
A maioria dos pais não concordam mas respeitam, como foi o relatado. 
Outros (poucos) nunca tiveram grandes problemas. Outros sabem porém, fingem não saber.
Tem um caso de casal de meninos que está junto há 11 anos e casado há 8. Os pais de um não sabem e provavelmente nunca saberão. Existem muitos casos assim, as pessoas optam por diversos motivos, que não falar é a melhor escolha.

Amigos: Sem grandes problemas nesse pontos, amigos de verdade sempre apoiam pois querem o bem do seu amigo. Quem se afasta nunca foi amigo (não fui imparcial)

Religião: Problemão!! A religião é uma das maiores causadora de todo o preconceito pois prega que o preço desse pecado é o inferno. Esse não é um tema muito definido no mundo gay, a maioria acredita em Deus mas não segue uma religião. Até porque muitos foram impedidos de frequentar suas igrejas devido a sua "condição".
Minha grande indignação é que o mesmo lugar onde é pregado o amor, mais incita o preconceito e o ódio. É o lugar de maior julgamento. (Imparcialidade zero)

Sobre ser assumido ou não: Depende, a maioria é assumida em ambientes de trabalho, amigos mas quando o assunto é família (tios, tias avós etc) não são. 
Uma mulher relatou que quando foi questionada pelo vizinho quem era a outra mulher que sempre frequentava sua casa e ela respondeu, pela primeira vez (elas estão juntas há mais de 4 anos) "ela é minha namorada" ela mesmo levou um choque e ficou digerindo essa resposta pelo resto do dia. Não é fácil ser assumido.

Preconceito: existe, é um fato e todos sofrem de alguma forma. 

Desejo: O que todos querem é o respeito acima de tudo. Querem que sejam tratados normalmente como um hétero é, como pessoa independente de qualquer coisa. 
Que possam ter suas vidas normais, amar e construir com uma história com quem se sentem felizes. Simples. Querem apenas igualdade e liberdade.
É muito dolorido ir a um evento ou festa de família e não poder levar a pessoa com que você divide a vida. Natal, Ano Novo, Páscoa são datas que temos que ou enfrentar o mundo e ir ou passar distante de quem amamos. 

Ser Homossexual ou bissexual não é, de fato, uma escolha. A pessoa nasce assim e a maior prova de que isso é verdade é que nós não optaríamos por sofrer tanto preconceito, distância de nossas famílias, apanhar, ser expulso de casa simplesmente por uma opção. Dá mesma forma que uma pessoa não escolhe ser hétero. Não faz sentido. Ela simplesmente é. 


Em breve posto a parte 2 finalizando o assunto. 


Agradecimento especial as pessoas que responderam: Késsia, Tati, Noemy, Vagner, Euzinha, Michele, Valdir e mais 2 pessoas que preferiram manter o sigilo.


Um abraço,
Marcella Vecchi

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Quem deve chegar em quem primeiro: o homem ou a mulher?


Esses dias atrás durante o almoço surgiu um assunto, que na verdade fui eu mesma que levei, sobre quem deve chegar em quem em um flerte de relacionamento hetero: o homem ou a mulher?
As respostas foram as mais inusitadas e engraçadas possíveis.

Em um passado, não muito distante, a regra era clara: o homem é quem deve demonstrar interesse e tomar a iniciativa.
Quem inventou isso eu não sei, só sei que virou lei, um padrão de vida. Eu mesma sempre ouvi que o certo é o homem tomar iniciativa.
Eu fico me perguntando com base em que as pessoas chegaram a essa conclusão? Qual foi a teoria embasada? Sei lá né, só rindo mesmo...

Minhas amigas disseram que pra elas isso não existe mais, que o negócio é gostou, ataca!
Já a opnião dos homens foi bem dividida, existem aqueles que são conservadores e acham que é dever do homem sim tomar a iniciativa e tem aqueles que acham o máximo quando a mulher toma, eles gostam dessa independência feminina.

Eu acho que não deve existir regra, se você gostou da pessoa, deve sim tomar iniciativa e correr atrás. A mulher deve parar de achar que isso é não se dar ao respeito e o homem também deve estar aberto pra esse tipo de abordagem. Quem sabe daí pode surgir uma linda história de amor ou pelo menos conhecer alguém interessante...

E você, o que acha disso? Deixa aqui seu comentário.

Um abraço,
Marcella Vecchi

sexta-feira, 29 de março de 2019

Depressão e a sociedade


A depressão tem sido uma das doenças mais comuns nos dias atuais. Ela é um dos piores sentimentos que existe. Um dos mais difícies de lutar, de vencer. É considerada, sem dúvida, o mal do século. Tem afetado milhões de pessoas.
É um vazio na alma, uma sensação de que nada faz sentido e nada está bom o suficiente. Você perde a vontade de fazer as coisas, perder a vontade de viver e ao mesmo tempo tenta desesperadamente achar algo que preencha esse vazio insuportável ou algo que acabe com ele. Mesmo que isso seja a própria morte.
Não julgo pessoas depressivas que se suicidaram. Infelizmente, essa foi a única saída que elas encontraram para se livrarem da dor.

Ela (a depressão) pode ser decorrente de várias situações: uma perda de alguém amado; perda de algo muito importante, um emprego, um bem material; Uma situação ruim que se prolongue por muito tempo; Ou pode ser também algo físico, uma deficiência do organismo.
Apesar de ser uma doença tão comum, ela é muito rejeitada pela própria pessoa e pelas pessoas ao redor.
Normalmente leva-se muito tempo para aceitar e entender a doença. Por não ser um assunto muito falado, e existir um preconceito intrínseco, o resultado é cada um por si. Em muitos lugares é quase um tabu falar disso.

Quando se falam em ir a psiquiatras ou tomar remédios controlados, as pessoas já rejeitam e taxam isso como coisa para "gente louca". Só quem vive, viveu ou tem alguém muito próximo consegue entender a doença, suas consequências e seus devidos tratamentos.  E esse preconceito existe em todas as classes sociais. Infelizmente nas pessoas com menos acesso a informação, ele é maior. Mas não deixa de ser pulverizado. Como diz a Duda Klein, "o estigma sobre a saúde pscológica está em todas as camadas da sociedade". E eu concordo 100%.

O problema é que por conta de tudo isso, as pessoas não buscam ajuda e pior, não aceitam estar com depressão. Como se fosse uma espécie de fraqueza. Depresão é uma doença, e como toda doença, ninguém escolhe ter ou não ter. Não está nas nossas mãos essa decisão.

A não aceitação nunca vai levar a cura. E o mais importante é que independente da origem da doença, sempre há tratamento.
Erroneamente também, dizem que quem tem depressão não sai de casa, não toma banho, não quer viver. Na verdade não é bem assim. Existem vários níveis, existe sim esse nível mais grave, mas também tem aquele que pessoas com depressão continuam suas vidas "normalmente", porém enxergando tudo de forma cinza, sem cor, sem sentido, sem futuro. Com olhos sem esperança. 

Quando se trata se algo físico (sem causa aparente), as críticas são piores . As pessoas que julgam, normamente medem o estado interior da pessoa pelo externo, ou seja, baseando-se no que ela possui, por exemplo: não existe motivo para um pessoa estar com depressão se ela tem um bom emprego, um bom casamento e é bem de vida...ela deveria agradecer e não ficar triste.
Como já disse antes, infelizmente ela não tem poder pra decidir isso.


Falando mais um pouco de situações externas, existe um grande agravante para essa doença atualmente: as redes sociais! Rede social é a ferramenta que mais colabora pra isso. Quando você entra no face, instagram etc, vê fotos e vídeos das pessoas sendo "felizes", em festas, viajando e você olha pra sua vida, todo o sentimento depressivo tende a piorar, porque parece que só a sua vida é sem graça e só voce tem probelmas enquanto o mundo inteiro é feliz (risos irônicos). Mas tenho uma notícia boa para o depressivo: Rede social é sinônimo de mentira. As pessoas não são tão felizes quanto aparentam e nem possuem tanto dinheiro também quanto aparentam. É um falso status de felicidade. Ninguém é 100% feliz e livre de problemas. O que vemos é literalmente uma foto de um momento, que na maioria não traduz a verdade. Uma boa dica é evitar redes assim, principalmente em momentos mais críticos da doença. Ajuda bastante.

 
O primeiro passo é reconhecer que existe um problema e procurar ajuda.
Quanto não é nada físico e crônico normalmente o tratamento pode ser mais rápido. Quando é algo físico, uma deficiência do organismo, pode levar mais tempo e em alguns casos, o tratamento pode durar por toda a vida. Faz parte.
É necessário sim um acompanhamento com especialista, psquiatra, fazer terapia. Em muitos casos se faz necessário o uso de remédios e até mudar alguns hábitos do dia a dia.
Para quem tem alguma fé, ajuda muito também. Só tenham bom senso de sempre terem em mente que todos estão sugeitos a isso, independente do que acreditam ou seguem.

 
A paz interior, alegria e estar bem consigo mesmo não tem preço. Não se acostume com a tristeza e vazio. Procuse estar bem ou o melhor possível dentro dos seus limites. Entenda seu corpo, seus limites e viva da mellhor forma que puder bem com ele.


Um abraço,
Marcella Vecchi

Ps. Obrigada Duda Klein @itsdudaholic por compartilhar algumas experiências que agregaram na escrita.

sexta-feira, 22 de março de 2019

Diferença entre esquerda e direita na visão política


Esse texto foge do padrão que normalmente publico, pois nunca copio algo pronto, e sim falo o que acho que, na minha opnião, está certo.
Resolvi colocá-lo pra ver se as pessoas entendem melhor o que significa ser de direita ou esquerda no âmbito político e o que cada lado defende. E pelo amor de Deus, entendam de uma vez por todas, ser de esqueda não significa ser Petista. O PT é apenas um dos muitos representantes da esquerda no Brasil.
Esse texto é retirado da Internet.
 
 
 
 
Qual a diferença entre esquerda e direita na visão política?

As principais diferenças entre as ideologias de esquerda e de direita se centram em torno dos direitos dos indivíduos e o papel do governo.
Já os termos liberal e conservador são utilizados na definição das pautas apoiadas
A esquerda acredita que a sociedade fica melhor quando um governo tem um maior papel, garantindo direitos e promovendo a igualdade entre todos.
Por sua vez, as pessoas de direita acreditam que a sociedade progride quando os direitos individuais e as liberdades civis têm prioridade, e o poder do governo é minimizado.
É necessário ressaltar que os conceitos direita e esquerda mudaram bastante desde sua criação e que hoje a linha entre eles é muito tênue. Porém, para título de comparação, iremos focar nas pautas que mais se assemelham a cada uma destas ideologias políticas.

O que é a Esquerda?
A ideologia de esquerda defende que o governo deve garantir o bem dos cidadãos. Para isso, ele deve ser grande e forte, controlando todos os setores da sociedade, regulando as empresas e cobrando impostos.
Suas ideias são inspiradas no socialismo e no comunismo.

 O que é a Direita?

A ideologia defende uma menor participação do governo na sociedade, deixando que o próprio mercado dite suas regras. A direita defende uma maior responsabilidade individual das pessoas e autonomia das empresas, com menos impostos e regulamentação.
 

  Esquerda Direita
Filosofia política Liberal. Conservadora.
Estado Defende um Estado maior, que tenha o papel de fazer da sociedade um lugar de oportunidades iguais para todos. Prefere um Estado menor, a fim de permitir espaço para a iniciativa  individual.
Empresas Luta por maior regulamentação e impostos sobre as empresas. Advoga baixos impostos e menor regulamentação das empresas.
Política econômica Igualdade de renda, maiores taxas de imposto sobre os ricos, gastos governamentais em programas sociais e infraestrutura, mais regulamentação nos negócios.  Redução dos impostos e menor regulamentação das empresas, redução do gasto público.
Gastos públicos A esquerda espera que o governo garanta o bem-estar social, e por isso os seus gastos são altos. Defende a redução de gastos do governo e de seus programas assistencialistas.
Igualdade de rendimento Gerada a partir de altos impostos sobre os ricos para criar uma igualdade de renda. A direita acredita que aqueles que têm capacidade e privilégios para ganhar devem ser livres para fazê-lo. 
Política de Saúde Acredita que o acesso aos cuidados de saúde é um dos direitos fundamentais a todos os cidadãos, e deve ser garantido pelo Estado. Se opõe à expansão de programas de saúde do governo e a deixa para a iniciativa privada.
Aborto Geralmente a favor de políticas de planejamento familiar, legalização do aborto e da pesquisa com células-tronco. Geralmente contra o aborto e contra a pesquisa com células-tronco.
Direitos dos homossexuais Geralmente apoiam o casamento gay e as leis contra a discriminação. Em geral é oposto ao casamento gay.
Porte de Armas A favor do desarmamento. A favor da liberação do porte de armas.
Exemplos de partidos políticos no Brasil PT, PDT, PSB, PSOL, PCdoB. PP, DEM, PR, PSC, PEN.
Personalidades  Einstein, Chico Buarque, Karl Marx. Margareth Thatcher, Adam Smith.


Um abraço,
Marcella Vecchi